O Romance

Um pouco de História . . .

 

A 8 de Abril de 1320, nasce D. Pedro, filho de D. Afonso IV e D. Beatriz.

Os pais, desde muito cedo, procuraram arranjar uma esposa para o filho, porém os primeiros esforços revelaram-se infrutíferos.

Por volta de 1334, o Rei enviou mensageiros ao Reino de Castela, para pedir a mão de D. Constança Manuel. O pedido foi aceite.

Em 1340 a noiva veio a Portugal. Um grande alvoroço se gerou à volta da vinda de D. Constança e organizou-se uma série de cortejos para a sua chegada a cavalo.

Na comitiva que acompanhava D.Constança, encontrava-se uma fidalga de origem bastarda, Inês de Castro, filha de Pedro Fernandes de Castro.

Segundo relatos da época, Inês era uma mulher de extrema beleza, sendo apelidada por muitos como “colo de garça” e o príncipe D. Pedro apaixonou-se perdidamente, apesar de este amor ir contra todos os princípios reais. Essa paixão era correspondida, no entanto, D. Pedro casou-se com D. Constança, de quem veio a ter filhos mais tarde.

Mesmo casado, o príncipe continuava a encontrar-se com Inês de Castro, o que gerou um burburinho na corte e também no povo. Estas informações chegaram aos ouvidos do Rei e da Rainha que, descontentes com a situação, fecharam Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. Embora D. Pedro não pudesse visitar Inês, estes comunicavam por carta.

 Quando Inês saiu do exílio, viveu em vários castelos, mas fixou-se no pavilhão de caça, na Quinta das Lágrimas, que havia sido construída a mando da Rainha Santa Isabel, avó de D. Pedro. Lá Inês de Castro e D. Pedro tiveram 4 filhos: D. Afonso (que morreu muito cedo), D. João, D. Diniz e D. Beatriz.

Em 1345, D. Constança morreu ao dar à luz o terceiro filho. D. Pedro estava livre para viver o seu amor com Inês de Castro. Assim, passou a visitar e a passar mais tempo com a sua amada.

O romance aproximou Pedro de dois irmãos de Inês, Álvaro e Fernando de Castro que viram na situação uma oportunidade para ter o apoio de Portugal na luta contra Castela. Dessa forma, ofereceram a D. Pedro o trono do reino vizinho.

Esta situação em nada agradou a D. Afonso IV que também temia que os três filhos bastardos de D. Pedro e Inês de Castro matassem Fernando (filho legítimo de D. Pedro com D. Constança), para subirem ao trono. Decidiu então, reunir-se com os nobres Diogo Lopes Pacheco, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves. O Rei foi convencido pelos seus conselheiros de que apenas a morte de D. Inês acabaria com todos os riscos políticos.

 
Autor: Nelson Costa

 
 

A Morte e a Vingança! 

 

No dia 7 de Janeiro de 1355, o Rei e os três conselheiros dirigiram-se ao Pavilhão de Caça, onde Inês se encontrava sozinha (Pedro tinha ido caçar). Quando os viu, Inês apercebeu-se imediatamente, do que se passava, e, por entre lágrimas e súplicas, implorou  piedade ao Rei. Relembrou D. Afonso IV  que o seu filho ficaria devastado com a sua morte e que os frutos da sua relação com Pedro eram seus netos. O Rei ficou comovido e retirou-se. Porém, os três conselheiros, que haviam ficado sozinhos com Inês, mataram-na de forma macabra, apunhalando-a.

A partir do momento que Pedro soube o que aconteceu, deixou-se dominar pela fúria e prometeu vingar-se do pai e dos assassinos. Saqueou castelos, matou quem quer que lhe passasse à frente, etc. Ao fim de algum tempo, o país já não aguentava mais, e, em Agosto de 1355, com a intervenção da Rainha Beatriz, assinou-se o acordo de paz.

Depois da morte de D. Afonso IV (1357), e após subir ao trono, D. Pedro mandou procurar os assassinos de Inês, e ordenou que lhes retirassem o coração. Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar, mas tanto Pêro como Álvaro foram assassinados. Os seus corações foram arrancados (um pelo peito, outro pelas costas) e os seus cadáveres foram queimados.

 D. Pedro mandou construir um túmulo grandioso que foi colocado no Mosteiro de Alcobaça. Depois, ordenou que se desenterrasse o corpo da amada para que fosse transladado para Alcobaça. A cerimónia de transladação do corpo foi extremamente importante, sendo que foi acompanhada por vários membros do clero, nobreza, povo e foram celebradas várias missas. Mais tarde, Pedro mandou colocar outro túmulo em frente ao da sua amada, que seria (e foi) para si.

Além disso, para dignificar o nome da amada, o Rei declarou que se havia casado com Inês em Bragança, apresentando testemunhas da cerimónia.

Este romance ficou marcado por ser um amor proibido com um final trágico, mas também por representar um amor que procurou vencer todas as barreiras. Apesar de não terem conseguido ficar juntos em vida, Pedro e Inês estão juntos, um em frente ao outro no Mosteiro de Alcobaça. 

Autor: Nelson Costa

Kevin, Nelson, Sara 12ºB

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